Eylea intravítreo: para que serve, uso e riscos

Conteúdo informativo; não substitui consulta.

Eylea (aflibercepte): o que é e para quem serve 🧿
Eylea é o nome comercial do aflibercepte, um anti‑VEGF intravítreo utilizado em injeções aplicadas dentro do olho (injeção intravítrea) para tratar doenças da retina que causam perda de visão. Ao bloquear o VEGF, uma proteína que estimula vasos sanguíneos anormais e vazamentos, o medicamento reduz edema (inchaço) e sangramentos na mácula, ajudando a estabilizar e, muitas vezes, melhorar a visão.

Indicações aprovadas mais frequentes
– Degeneração macular relacionada à idade neovascular (DMRI úmida)
– Edema macular diabético (EMD)
– Edema macular secundário à oclusão de veia da retina (OVCR/OVBR)
– Neovascularização coroideana miópica (NVCm)

Como o Eylea funciona (mecanismo de ação)
– Classe terapêutica: Anti‑VEGF intravítreo.
– O aflibercepte atua como um “receptor‑armadilha” que se liga ao VEGF‑A, VEGF‑B e PlGF, impedindo que essas moléculas promovam vazamento e crescimento de vasos anormais na retina e coroide.

Para que serve o Eylea: resultados esperados ✅
– Reduzir o edema macular e estabilizar a acuidade visual.
– Diminuir hemorragias e exsudatos.
– Aumentar a chance de ganho de letras na tabela de visão, especialmente quando iniciado precocemente e com adesão ao esquema.

Como usar o Eylea (posologia e esquemas) 💉
A aplicação é feita no consultório ou centro cirúrgico, por médico oftalmologista, com anestesia local em gotas e antissepsia rigorosa. A dose usual é de 2 mg/0,05 mL por olho tratado. O esquema pode variar conforme a doença e a resposta individual:

– DMRI neovascular (úmida)
• Fase de indução: geralmente 1 aplicação por mês por 3 meses consecutivos.
• Manutenção: a cada 8 semanas. Em muitos casos, adota‑se Treat & Extend (tratar e estender), ampliando os intervalos (10, 12, 16 semanas) conforme a estabilidade da mácula.

– Edema macular diabético (EMD)
• Fase de indução: frequentemente 1 aplicação por mês por 5 meses.
• Manutenção: em geral a cada 8 semanas, com possibilidade de intervalos estendidos (T&E) quando estável.

– Oclusão de veia da retina (OVCR/OVBR)
• Indução: aplicações mensais iniciais (ex.: 3 meses) até melhora.
• Manutenção: conforme necessidade, podendo ser mensal em alguns casos.

– Neovascularização coroideana miópica (NVCm)
• Em muitos pacientes, inicia‑se com 1 aplicação, repetindo apenas se houver sinais de atividade.

Importante
– O oftalmologista definirá o plano ideal com base nos exames (OCT, retinografia, angiografia com fluoresceína) e na evolução clínica.
– Não interrompa ou altere os intervalos por conta própria. A adesão ao tratamento é crucial para preservar a visão.

Como é o dia da aplicação
– Antes: avaliação clínica, limpeza da superfície ocular, antissepsia com iodo povidona e anestesia tópica.
– Durante: a injeção dura poucos segundos; você pode sentir leve pressão.
– Depois: é comum leve sensação de areia, visão turva temporária e pontinhos móveis (floaters). Siga as orientações do seu médico.

Efeitos colaterais do Eylea: o que observar 👀
Mais comuns (geralmente leves e transitórios)
– Hemorragia conjuntival (manchinha vermelha no branco do olho)
– Dor ou desconforto ocular leve
– Pontos flutuantes (floaters)
– Aumento temporário da pressão intraocular logo após a aplicação

Menos comuns, porém importantes (procure assistência imediata se ocorrer)
– Endoftalmite (infecção intraocular): dor intensa, piora rápida da visão, vermelhidão marcada, secreção
– Descolamento de retina ou ruptura retiniana: flashes de luz, aumento súbito de floaters, “cortina” no campo visual
– Inflamação intraocular significativa
– Eventos tromboembólicos arteriais sistêmicos são raros, mas possíveis com agentes anti‑VEGF (ex.: AVC, IAM); converse sobre seus fatores de risco

Contraindicações e precauções 🚫
– Contraindicado em: hipersensibilidade ao aflibercepte ou a qualquer componente da fórmula; infecção ocular ou periocular ativa; inflamação intraocular ativa.
– Gravidez: anti‑VEGF podem oferecer risco ao feto. O uso na gestação deve ser evitado, salvo se o benefício potencial justificar o risco. Em mulheres com potencial reprodutivo, recomenda‑se contracepção durante o tratamento e por um período após a última aplicação (discuta a duração com seu médico).
– Amamentação: não há dados suficientes; avaliar risco/benefício individualmente.
– Pressão ocular elevada não controlada: requer cautela e avaliação.
– Dirigir e operar máquinas: evite nas primeiras horas/dia após a aplicação devido à visão turva.

Eylea pode usar com lentes de contato? 👓
– O Eylea é uma injeção intravítrea (não é colírio). Entretanto, após a aplicação, o olho pode ficar sensível.
– Em geral, recomenda‑se não usar lentes de contato no dia da aplicação e por 24–48 horas, ou conforme orientação do seu oftalmologista, para reduzir risco de irritação e infecção.
– Se forem prescritos colírios (ex.: lubrificantes ou antibióticos), evite lentes até completar o período recomendado.

Interações com outros medicamentos 💊
– A exposição sistêmica ao aflibercepte após uso intravítreo é baixa, e não há interações medicamentosas relevantes conhecidas por via sistêmica.
– Pacientes em uso de anticoagulantes/antiagregantes podem apresentar maior tendência a hemorragia conjuntival decorrente do procedimento, geralmente sem gravidade.
– Evite combinar com outros fármacos intravítreos no mesmo dia e informe ao seu médico todos os tratamentos em uso.

Riscos para a saúde: como minimizar
– Escolha um serviço com protocolos rígidos de antissepsia e ambiente adequado.
– Siga o calendário: esquemas com intervalos estendidos (Treat & Extend) só devem ser ajustados pelo oftalmologista, com base em exames e sintomas.
– Relate qualquer sinal de alerta nas primeiras semanas: dor intensa, piora súbita da visão, flashes, secreção.

Quem deve considerar o tratamento
– Pessoas com DMRI úmida, EMD, edema por oclusão venosa da retina ou NVC miópica, confirmados por exames.
– Pacientes que não responderam adequadamente a outros anti‑VEGF podem se beneficiar de mudança para aflibercepte, a critério médico.

Exames que acompanham o tratamento
– OCT (tomografia de coerência óptica): quantifica edema e monitora a resposta.
– Retinografia e angiografia com fluoresceína: avaliam atividade de neovasos e vazamentos.
– Medida de pressão intraocular: antes e após as aplicações.

Perguntas frequentes (FAQ)
– Dói para aplicar? A anestesia em gotas minimiza a dor; a maioria relata apenas pressão leve.
– Quantas aplicações vou precisar? Varia por doença e resposta. Muitos pacientes entram em manutenção com intervalos de 8 a 12 semanas ou mais.
– Se eu melhorar, posso parar? Interromper sem orientação aumenta risco de recidiva e perda visual. Decisões devem ser compartilhadas com seu oftalmologista.

Dicas de recuperação após a aplicação ✅
– Não esfregar os olhos no dia do procedimento.
– Usar colírios prescritos conforme orientação.
– Evitar piscinas e maquiagens oculares por alguns dias.
– Retornar nas datas combinadas e, se necessário, agendar visitas extras ao notar sintomas novos.

Quando procurar ajuda urgente
– Dor intensa que não melhora
– Piora súbita da visão
– Vermelhidão importante, secreção, sensibilidade intensa à luz
– Flashes de luz, aumento de floaters, sombra no campo visual

Cuide da sua retina com especialistas em Erechim‑RS
A Clínica de Olhos Erechim conta com oftalmologistas experientes em doenças da retina, equipamentos de alta precisão (OCT, retinografia) e protocolos seguros para injeções intravítreas. Se você ou um familiar tem DMRI, diabetes com edema macular ou suspeita de oclusão venosa, não adie a avaliação.

• Agende sua consulta: Agendar consulta
• Saiba mais sobre nossos Exames
• Veja nossa área de Lentes de Contato
• Leia mais conteúdos no Blog

Aviso importante
Este conteúdo é informativo e não substitui a consulta médica. Cada caso é único e requer avaliação individualizada por um oftalmologista.

Fontes confiáveis (abrirão em nova aba)
– Bula profissional – EYLEA (aflibercept) – Regeneron/Bayer (PI em inglês): abrir
– Bulário eletrônico – ANVISA: abrir
– Diretrizes e conteúdos técnicos – Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV): abrir