Aviso importante: Conteúdo informativo; não substitui consulta médica. Em caso de dúvidas ou sintomas, procure um(a) oftalmologista.
Vabysmo (faricimabe) em poucas palavras 👁️
• O que é: Vabysmo é uma injeção intravítrea de faricimabe (6 mg/0,05 mL), um anticorpo biespecífico que age em dois alvos: VEGF-A e Angiopoietina-2 (Ang-2).
• Para que serve: tratar doenças da mácula que causam perda de visão central, principalmente a degeneração macular relacionada à idade neovascular (DMRI úmida) e o edema macular diabético (EMD).
• Benefício: pode permitir intervalos maiores entre aplicações em comparação a anti-VEGF tradicionais, mantendo o controle do edema/neoformação vascular.
• Forma de uso: aplicação realizada exclusivamente por oftalmologista, em ambiente estéril, dentro do olho (cavidade vítrea).
O que é e como funciona o Vabysmo 🔬
Vabysmo (faricimabe) pertence à classe Anti-Ang2/VEGF. Ele inibe simultaneamente o VEGF-A (fator de crescimento endotelial vascular) e a Ang-2, alvos envolvidos na formação de vasos anormais e no vazamento de fluidos na retina. Ao bloquear ambos, o medicamento:
• reduz o inchaço (edema) da mácula;
• diminui o vazamento de vasos e a inflamação local;
• controla o crescimento de vasos anormais (neovascularização), preservando a visão.
Para que serve: principais indicações ✅
• DMRI úmida (neovascular): forma exsudativa da degeneração macular, responsável por perda visual rápida se não tratada.
• Edema macular diabético (EMD): acúmulo de líquido na mácula por diabetes, que desfoca e distorce a visão.
Observação: Outras doenças retinianas podem estar em avaliação regulatória em diferentes países. No Brasil, siga as indicações aprovadas na bula vigente e a orientação do seu oftalmologista.
Sinais e sintomas que motivam avaliação 🚩
• visão embaçada ou distorcida (metamorfopsia);
• linhas retas parecendo onduladas;
• manchas escuras no centro do campo visual;
• dificuldade para ler ou reconhecer rostos.
Se notar qualquer um desses sinais, procure avaliação. O diagnóstico precoce muda o prognóstico.
Como usar: aplicação e esquemas de tratamento 💉
Importante: Vabysmo não é colírio nem pomada. É uma injeção intravítrea aplicada por médico(a) oftalmologista.
• Antes da aplicação: avaliação clínica e de imagem (ex.: OCT), explicação do procedimento e consentimento. No dia, o olho é limpo com antisséptico (povidona-iodo), são colocados colírios anestésicos e um afastador palpebral.
• Durante: a injeção (0,05 mL = 6 mg) é rápida e, em geral, bem tolerada. Pode haver leve pressão ou desconforto momentâneo.
• Após: colírios e orientações de higiene. A visão pode ficar embaçada por algumas horas. Evite coçar os olhos e exposição a sujeira/poeira nas primeiras 24–48 horas.
Esquemas usuais (o médico individualiza):
• Fase de carga: aplicações mensais nas primeiras doses (geralmente 4 aplicações) para estabilizar a retina.
• Manutenção: estratégia treat-and-extend (tratar e estender), espaçando os intervalos conforme a resposta e exames. Muitos pacientes conseguem 8, 12 ou até 16 semanas entre as aplicações. O intervalo ideal é definido caso a caso.
Efeitos colaterais: o que esperar ⚠️
Comuns e geralmente leves:
• sensação de corpo estranho, ardor ou leve dor ocular nas primeiras 24–48 horas;
• vermelhidão superficial do olho (hemorragia conjuntival discreta);
• moscas volantes (pontos pretos) temporárias;
• aumento transitório da pressão intraocular logo após a aplicação.
Menos comuns:
• inflamação intraocular (uveíte);
• catarata traumática (raro);
• reações de hipersensibilidade local.
Raros e graves (procure urgência oftalmológica imediatamente se ocorrer):
• endoftalmite (infecção intraocular): dor intensa, vermelhidão importante, queda rápida da visão, sensibilidade à luz;
• descolamento de retina: flashes de luz, sombra/“cortina” no campo visual;
• oclusão vascular retiniana.
Contraindicações e cuidados especiais 🚫
• Infecção ocular ou periocular ativa (ex.: conjuntivite, blefarite grave): adiar até resolução.
• Inflamação intraocular ativa.
• Hipersensibilidade conhecida ao faricimabe ou a componentes da fórmula.
• Gravidez: ver seção “Vabysmo na gravidez e amamentação”.
• Anticoagulantes: geralmente não contraindicam, mas podem aumentar pequenos sangramentos superficiais. Informe todos os medicamentos em uso.
Vabysmo e lentes de contato 👓
• O uso de lentes de contato não interfere na ação do Vabysmo, pois o medicamento é aplicado dentro do olho.
• Recomenda-se NÃO usar lentes de contato no dia do procedimento e por 24–48 horas após a injeção, para reduzir risco de irritação e infecção.
• Retome as lentes somente após liberação do(a) oftalmologista, mantendo higiene rigorosa.
Vabysmo na gravidez e amamentação 🤰
• Dados em gestantes são limitados. Anti-VEGF podem teoricamente afetar o desenvolvimento fetal. O uso na gravidez deve ser evitado, salvo se o benefício potencial superar os riscos e com decisão compartilhada.
• Mulheres em idade fértil: geralmente recomenda-se método contraceptivo durante o tratamento e por até 3 meses após a última aplicação. Confirme com seu(a) médico(a).
• Amamentação: a passagem para o leite materno é desconhecida. Avaliar risco/benefício individualmente.
Interações com outros medicamentos 💊
• Interações sistêmicas clinicamente relevantes são improváveis pela baixa absorção sistêmica.
• Evite combinar com outros agentes intravítreos antiangiogênicos no mesmo olho, a menos que seu oftalmologista indique.
• Informe se usa anticoagulantes, antiagregantes, imunossupressores ou tem história de AVC/infarto recente.
Riscos para a saúde: o que considerar 🧠
• Eventos tromboembólicos arteriais sistêmicos (AVC/infarto) são raros com a classe anti-VEGF, mas a possibilidade é discutida em bula. Avalie risco cardiovascular com seu(a) médico(a).
• Toda injeção intraocular carrega risco, embora baixo, de infecção ou descolamento de retina. Seguir as orientações de higiene e comparecer às revisões reduz esses riscos.
Cuidados antes e depois da aplicação 📝
Antes
• avise sobre alergias, cirurgias oculares prévias, uso de anticoagulantes e doenças sistêmicas;
• evite maquiagem ocular no dia do procedimento;
• organize um acompanhante, se possível, pois a visão pode ficar turva após a aplicação.
Depois
• não esfregar os olhos;
• evitar piscina, sauna e poeira por 48 horas;
• use os colírios prescritos conforme orientação;
• retorne imediatamente se houver dor forte, piora da visão, secreção, fotofobia intensa ou “moscas volantes” em súbito aumento.
Comparativo rápido com outros anti-VEGF 🔄
• Ranibizumabe e aflibercepte são opções eficazes. O diferencial do faricimabe é o duplo alvo (VEGF/Ang-2), que em muitos casos permite manter o controle da doença com intervalos maiores entre aplicações, reduzindo a carga de tratamento. A escolha é individualizada conforme resposta, exames e perfil clínico.
Perguntas rápidas (FAQ) ❓
• Dói? A maioria relata apenas desconforto leve e rápido, graças ao colírio anestésico.
• Posso dirigir após a aplicação? Evite dirigir no dia do procedimento. Retome quando a visão estiver estável.
• Quanto tempo de tratamento? Variável. Algumas pessoas precisam de manutenção por longo prazo para manter a visão estável.
• Posso fazer exercícios? Atividades leves no dia seguinte costumam ser liberadas. Esforços intensos: confirme com seu(a) médico(a).
Quando procurar o(a) oftalmologista com urgência 🚑
• dor ocular forte;
• vermelhidão intensa e piora súbita da visão;
• flashes de luz, sombra tipo “cortina” ou muitas moscas volantes;
• secreção purulenta.
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Fontes confiáveis (abrir em nova aba) 📚
• Bula do Vabysmo (Roche/Genentech) – ANVISA: consulte a versão mais recente no bulário eletrônico da ANVISA e no site da Roche.
• ANVISA – Bulário Eletrônico: https://consultas.anvisa.gov.br/
• Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV): https://sbrv.org.br/
• EMA – European Medicines Agency (Vabysmo/faricimab): https://www.ema.europa.eu/
• FDA – U.S. Food and Drug Administration (Vabysmo): https://www.fda.gov/
Lembrete final: Este conteúdo é educativo, não substitui a consulta. Cada caso é único e deve ser avaliado por um(a) oftalmologista.